Os cupins são insetos sociais. Antigamente, algumas pessoas os chamavam erroneamente de formigas brancas. Mas na verdade eles não são nem parentes das formigas. Cupins pertencem a ordem Isoptera e formigas a ordem Hymenoptera (a mesma das abelhas).
Ordem: Isoptera
Isoptera é uma ordem de insetos eussociais, conhecidos por isópteros, que inclui as espécies popularmente designadas por cupim (no Brasil), térmite ou térmita (em Portugal), salalé (em Angola) e muchém (em Moçambique).
Com cerca de 2.800 espécies catalogadas no mundo, esses insetos são notórios pelos prejuízos econômicos que causam como pragas de madeira e de outros materiais celulósicos, ou ainda como pragas agrícolas, apesar de apenas cerca de 10% das espécies conhecidas de cupim possuir estas características. Os cupins das casas vivem na madeira e dela se alimentam. Constroem o termiteiro nos móveis e no madeiramento das construções.
Já os cupins-broca das árvores fazem o termiteiro em árvores verdes, que eles acabam por destruir. No Brasil são comuns os cupins domésticos, enquadrados no gênero Coptotermes testaceus.
Dentro das casas eles escolhem lugares úmidos ficarem. Quando saem em busca de papéis ou objetos de madeira vão através de galerias e túneis, sem serem vistos.
A gente só nota que eles estão atacando os móveis quando vê aquele farelinho de madeira embaixo dos móveis. Os que vivem na madeira verde são conhecidos também como brocas, porque fazem furinhos parecidos com o furo da ferramenta de marcenaria.
Em número de espécies, a ordem Isoptera deve ser considerada intermediária entre os insetos; já em termos de biomassa e abundância, os cupins apresentam enorme significância e podem ser comparados às formigas, minhocas, mamíferos herbívoros das savanas africanas ou seres humanos, por exemplo, e estão entre os mais abundantes invertebrados de solo de ecossistemas tropicais. Esta grande abundância dos cupins nos ecossistemas, aliada à existência de diferentes simbiontes, confere, a estes insetos, a possibilidade de desempenhar papéis como o de "super decompositores" e auxiliares no balanço carbono-nitrogênio.
Como as abelhas e as formigas, o cupim é gregário. Organizou-se em uma sociedade de castas, com base na função que cada indivíduo desempenha, como buscar alimento, reprodução, botar ovos, defender o ninho, e outras.
A especialização faz os indivíduos de uma colônia possuírem diferentes formas (morfologia diferenciada, polimorfismo), devidamente adaptadas à função que irão desempenhar. Desta maneira, um indivíduo especializado desempenha apenas um tipo de tarefa, fazendo com que exista uma completa interdependência entre os indivíduos de diferentes funções para a sobrevivência da colônia.
Ao contrário da rainha do formigueiro, que se acasala uma vez só, e nunca mais vê o companheiro, a rainha dos cupins vive com o rei e põe aproximadamente 84 mil ovos por dia. Quando nascem, os cupins já se apresentam com a mesma forma do inseto adulto e o crescimento se dá por sucessivas trocas de pele.
Existem castas não fixas e castas fixas. As castas não fixas são os estágios em desenvolvimento, ninfas, que servem como trabalhadores e, eventualmente, podem sofrer mudas para uma das castas fixas (operárias, soldados, reprodutores primários ou reprodutores secundários). Os membros das castas fixas não sofrem mudas adicionais. Operários e soldados podem ser vistos como imaturos ou como adultos estéreis.
Os operários são devotados à construção do ninho, alimentação das larvas, alimentação do rei e da rainha e forra -- geamento de matéria vegetal. Os soldados protegem a colônia de ataques de invasores. Suas cabeças modificadas são usadas para segurar os inimigos com as grandes mandíbulas (soldados mandibulados) ou esguichar substâncias nocivas ou pegajosas de uma glândula na frente da cabeça (soldados nasutos). Em algumas espécies, os soldados podem fazer as duas coisas.